Orientações Pré-operatorias

  • Sanar todas as dúvidas referentes à cirurgia com o cirurgião em consulta pré-operatória;
  • Ler com atenção os cuidados pré-operatórios e entregar o Termo de Consentimento (entregue na consulta pré-operatória), assinado, na clínica, dois dias antes da cirurgia;
  • Fazer os exames pré-operatórios (exames de sangue, Rx de tórax, e Eletrocardiograma) e levar à consulta pré-operatória com o anestesista ;
  • Discutir com o anestesiologista todas as dúvidas em relação a anestesia e a necessidade ou não de tomar medicamentos que por ventura tome de rotina no dia da cirurgia;
  • Avisar a todas as equipes (anestesista, cirurgião e enfermagem) alergias medicamentosas, alimentares e de contato;
  • Levar todos os exames e medicamentos de uso diário ao Hospital;
  • Chegar ao centro cirúrgico com 60 minutos de antecedência ao horário marcado para inicio da cirurgia tendo feito jejum de 8hs para alimentos e 6hs para água (não há problema em escovar os dentes);
  • Não tomar nenhum medicamento sem que o cirurgião saiba por sete dias antes da cirurgia; atenção especial à aspirina e antiinflamatórios;
  • Levar objetos de higiene pessoal ao Hospital;
  • Lembrar-se da necessidade de um acompanhante para o momento da Alta Hospitalar;
  • Evitar bebidas alcoólicas por 5 dias e cigarro por três semanas antes da cirurgia;
  • Avisar ao cirurgião qualquer alteração de saúde, por mais insignificante que possa parecer, antes e depois da cirurgia;
  • Em caso de cirurgia estética do nariz ou orelhas evitar queimaduras por sol ou por tratamentos dermatológicos com ácido antes e depois da cirurgia.

Filosofia Cirúrgica Nasal

Desde que me formei médico em 2000 até hoje, tive a oportunidade de vivenciar inúmeras mudanças nos consensos sobre as técnicas cirúrgicas recomendadas para as indicações cirúrgicas do nariz, seios da face e face.

Lembro que na residência, após os dias cirúrgicos, íamos avaliar os pacientes nas enfermarias e no início das cirurgias endoscópicas nasais, víamos pacientes com tampão e outros sem, que haviam feito a mesma cirurgia. Diversas cirurgias que necessitavam de incisões gengivais para acessar os seios da face, agora eram possíveis pela narina com mínimo trauma. Mas mesmo dentro da cirurgia endoscópica , pude assistir a ondas distintas, que sempre variam da mais radical para a mais conservadora. Sempre na dicotomia entre “Quanto mais melhor” x “Menos é mais”.

Na rinoplastia não é diferente. Inicialmente a discussão central era o acesso. Rinoplastia aberta (aquela com a pequena incisão entre as narinas) x Rinoplastia fechada ( incisões internas apenas). Depois vieram as discussões sobre a melhor forma de baixar a giba óssea, se acessando diretamente e reconstruindo a parte superior das paredes laterais ou rebaixando o nariz como um todo mantendo a ligação entre as estruturas laterais da pirâmide nasal. Atualmente a discussão se baseia em Rinoplastia estruturada (cartilagens fixas com utilização de diversos enxertos ) x Rinoplastia com enxertos fundamentais e suturas.

Será que um paciente com uma sinusite crônica em um seio específico deve ter todos os seios da face operados? Será que um paciente que nunca foi operado, sem uma deformidade estética muito grande deve receber enxerto de costela na sua rinoplastia?

Há alguns anos num congresso escutei que a medicina, assim como a sociedade, anda em pêndulos, alternando entre extremos.

Tenho a impressão que o segredo é a tática. O planejamento e escolha pormenorizada, detalhada e individualizada para cada caso como norte. Durante a cirurgia, manter o planejamento e ter inúmeras técnicas guardadas na manga para um eventual plano B quando existir a necessidade de readequar a estratégia no intra operatório.